As deficiências do sistema de transporte público do Rio de Janeiro e as dificuldades para oferecer um serviço com a qualidade e o volume necessitados pela população foram duas das questões debatidas no primeiro dia do XI Congresso de Ensino e Pesquisa de Engenharia de Transportes do Rio de Janeiro – XI Rio de Transportes. O encontro, promovido pelo Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, foi aberto na manhã desta quarta-feira, 21 de agosto, no auditório da Coppe (Sala G-122 do Centro de Tecnologia – CT) e termina no dia 22.
O Rio de Transportes chega à sua 11ª edição fiel à proposta original de discutir alternativas para os problemas do transporte no Rio de Janeiro, que, em vários casos, são semelhantes aos enfrentados em outras capitais do país. O desafio de tornar o transporte público atraente em uma cidade onde o número de veículos particulares nas ruas cresce a cada dia foi um tema que permeou os debates iniciais do evento. A necessidade de investimentos nos sistemas metroviário e ferroviário, a abertura de pistas exclusivas para ônibus e até que ponto as faixas reversíveis têm sido eficientes foram outras questões discutidas.
A sessão de abertura do congresso contou com as presenças do coordenador do Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ, Marcio D’Agosto; do presidente do Comitê Organizador do congresso, Paulo Cezar Ribeiro (PET/Coppe); e dos professores Alexandre Rojas, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); e Carlos Gusmão, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Na mesa inicial foram levantadas questões como investimentos que consigam atender à demanda do transporte público na região metropolitana do Rio de Janeiro. Na sequência, na primeira palestra do congresso, o secretário municipal de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana de Nova Iguaçu, Rubens Rodrigues Borborema, apresentou o sistema inteligente de transporte ou ITS (sigla em inglês para Intelligent Transportation System) , que será implementado no município da Baixada Fluminense. O sistema, em fase de licitação, prevê em sua primeira etapa, entre outros itens, a implantação de radares fixos e móveis; fiscalização de avanço de sinais; talões eletrônicos de infrações e a instalação do sistema OCRs, de identificação das placas dos veículos, por meio do qual é possível avaliar o tempo que os motoristas gastam para percorrer determinados trajetos na cidade. Segundo Rubens Borborema, 70% da fase inicial do ITS deverão ser concluídos até o fim de 2013.
Na segunda palestra, o engenheiro Willian Aquino, consultor do Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude, fez um balanço e apresentou detalhes sobre a operação do sistema de transportes do Rio de Janeiro durante o evento, realizado de 23 a 28 de julho. A mesa contou também com depoimentos dos estudantes Rafael Barbosa e Pedro Boechat, que atuaram como voluntários na Jornada. A sessão contaria ainda com a presença de um representante da CET Rio, cuja direção não autorizou a presença de nenhum de seus técnicos.
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