quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ÔNIBUS DO RIO DE JANEIRO - Uma visão da crise da mobilidade urbana.

ÔNIBUS DO RIO DE JANEIRO - Uma visão da crise da mobilidade urbana.
SISTEMA RODOVIÁRIO COLETIVO
RIO ÔNIBUS / FETRANSPOR / CONSÓRCIOS
RIO ÔNIBUS (Empresa de Ônibus do Rio de Janeiro): É o Sindicato que representa as 41 empresas de ônibus concessionárias, junto com o poder público é responsável pela reforma, manutenção e administração dos Terminais.
FETRANSPOR: Sindicato englobando as Empresas de Ônibus Concessionárias, responsáveis pela frota de ônibus e seu funcionamento com mão de obra e manuntenção dos veículos.
APLICAÇÃO: No transporte coletivo do Estado, aluguel para Escolas e Instituições públicas.
QUANTIDADE DE EMPRESAS DE ÔNIBUS: 41
QUANTIDADE DE ÔNIBUS NO ESTADO: 16.820 veículos.
QUANTIDADE DE PASSAGEIROS DIÁRIOS: 300 mil de usuários
PREÇO DA PASSAGEM URBANA: R$ 2,95 (único)
ENERGIA UTILIZADA: Óleo Diesel. (Alguns caso energias experimentais: biodiesel, etanol,etc.)
PROBLEMA SÓCIO AMBIENTAL: Emissor de poluentes como CO2 (monóxido de carbono), poluição sonora. Mão de obra desqualificada e explorada nos casos de veículos com motorista/cobrador.
PROBLEMA CULTURAL: Ônibus deveria conectar passageiros de casa aos modais de transporte de massa como metrôs e trens. O transporte público deveria ser promovido integralmente pela Prefeitura ou delegado a diversos operadores. A Prefeitura deveria fazer gestão e o planejamento de mobilidade urbana em benefício do usuário por um preço justo, não deixando a critério dos empresários. A Prefeitura no entanto, considera o transporte público como negócio. O que não acontece em países com cultura desenvolvida. Serviço público não pode funcionar na base do lucro. No Brasil, os empresários estão se beneficiando de um poder executivo leniente, permitindo uma interrelação promíscua e corrupta entre empresários e maioria dos parlamentares do município, na troca de favores, com assentimento imoral do Prefeito. Investimentos em estradas rodoviárias, construindo grandes pistas de automóveis e ônibus comos os BRTs, comprando semáforos portáteis e inteligentes para fazer fruir melhor o transito, construindo viadutos e vias elevadas, tuneis, a Prefeitura contribue para uma cidade para coletivos e não para pedestres, onde o caminho para o transporte de massa está nos trilhos; metrô, trem, VLT ou mesmo o MagLev com tecnologia de levitação magnética, sendo implantado em linha experimental no campus da UFRJ, que tem um custo 1/3 menor do que o do metrô. Prefeitura e Empresas, prestam um serviço deficiente, tanto a usuários pagantes, quanto aos subsidiados pelo órgão público, como estudantes, deficientes e idosos, não respeitando a solicitação de paradas para embarques nos pontos próprios. A parceria que propagam para o desenvolvimento social, cultural e ambiental é apenas um discurso enganoso, para encobrir um negócio de monopólio altamente lucrativo e corrupto.
SOLUÇÕES PROVÁVEIS:
1. ESTUDANTES: Toda linha de ônibus ter pelo menos dois ônibus pintados com faixas nas cores padrão de veículo escolar, e que nos horários de entrada e saídas das aulas, fiquem a disposição dos estudandes. Fora desse horário serviria a população em geral inclusive aos estudantes.
2. COBRADORES: Não permitir que veículo de grande proporções em tamanho e numero de passageiros, tenha seus condutores com dupla função de motorista/cobrador.
3. MOTORISTAS: Os microônibus, só terem com essa função, em caso de utilização de passagens com cartão, não sendo permitido o uso de pagamento em dinheiro.
4. BICICLETAS: Adaptar veículos grandes, na sua frente externa, com bagageiros para o transporte de bicicletas.
ÔNIBUS
BRS: SISTEMA RÁPIDO DE ÔNIBUS (CURTA DISTÂNCIA)
DIVISÃO EM REGIÕES: 04
1. Intersul: 12 Empresas
2. Transcarioca: 18 Empresas
3. Internorte: 21 Empresas
4. Santa Cruz: 8 Empresas
BRTs: TRANSPORTE RÁPIDO DE ÔNIBUS. (LONGA DISTÂNCIA)
1. TransOeste
2. TransCarioca
3. TransBrasil
4. TransOlímpica
5. TransLight
NUMERO DE CORREDORES: 5
CUSTO DE IMPLANTAÇÃO: R$ 15 milhões. (10% do custo do metrô)
TIPO DE VEÍCULO: ÔNIBUS BIARTICULADOS EM CORREDORES PRÓPRIOS.
OPERAÇÃO: Já foi um sistema eficiente quando implantado em Curitiba-PR pelo prefeito Jaime Lerner, arquiteto, não só para transporte de pessoas mas com vista também para o crescimento urbano disperso daquela cidade (que não é o caso do Rio de Janeiro, já densamente povoado), e que ganhou notoriedade sendo copiado no mundo todo, como um projeto inovador. Hoje é um modelo defasado com sinais de esgotamento, por seu alto custo operacional, pelo espaço que ocupa nas vías por seus corredores exclusivos, manutenção de infraestrutura viária (poder público) e veicular (reciclado pelas empresas), ocorrências de muitos desastres (Colômbia, totalizam 1 mil acidentes provocados pelos BRTs), e no Rio já registra 2 casos de atropelamento sabidos e outros incidentes menos graves, como passageira presa entre portas do veículo). Como qualquer transporte rodoviário apresenta suas limitações, o BRT até 20 mil pessoas comporta a demanda, aguenta com muito esforço uns 30 mil, mas acima disso sua capacidade se esgota tornando-se ineficiente, obrigando a uma troca por outra tecnologia. No Rio, o sistema já nasceu saturado. Foi implantado em lugar onde a demanda já era outra tecnologia, como o VLT e um MagLev-Cobra. Em Curitiba, a cidade já está trocando o asfalto pelos trilhos de ferro. O que não ocorre com o modal sobre trilhos, porque suporta 10 vezes mais a demanda de passageiros, que o rodoviário, com maior rapidez e com um custo em média 80% mais baixo, em energia e suprimentos de infraestrutura veiculares.
Descasos: Com abandono e desperdício na rota do BRT Transoeste, obras de 15 estações inacabadas são deixadas de lado e têm até material furtado
Em vez de passageiros, marcas de tiro, lixo, restos de drogas, pichações e material de obras largados. Este é o cenário de estações do BRT Transoeste de Campo Grande a Santa Cruz, que deveriam ter sido inauguradas no início deste ano, mas estão em total abandono. A empresa Sanerio, responsável por fazer as obras, orçadas em R$ 84 milhões, teve o contrato cancelado pela prefeitura por não ter entregue 15 das 30 estações que o trecho prevê. Ela deixou um rastro de materiais espalhados pela via. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, a construtora Mascarenhas Barbosa Roscoe foi contratada em caráter emergencial — sem licitação — para retomar os trabalho.
Enquanto isso, impera o descaso com o que já foi construído com o dinheiro público empenhado nas estações-fantasma da Avenida Cesário de Melo. Além das pichações, lixo e marcas de tiros no interior das estruturas — na primeira visita ao local pela reportagem, traficantes circulavam armados pelo local e, na quarta-feira, um funcionário rodoviário urinava em uma estação —, materiais caros abandonados, já pagos, estão sendo furtados.
Segundo moradores de Campo Grande, tiros danificaram vidraças em estações na Avenida Cesário de Melo, mas não houve substituição.
Segundo a fornecedora de portas elétricas das estações, 25 correias que custam R$ 70 cada, 25 baterias, de R$ 400 e três placas controladoras, de R$ 2 mil, já foram roubadas. A empresa, assim como a que forneceu a iluminação, retirou todo o equipamento instalado, por temer novos saques e por não ter recebido o pagamento pela Sanerio. “Estamos retirando todo o material que já tínhamos posto nas estações, porque, assim, o prejuízo do calote será menor. Além disso, estão roubando tudo. Daqui a pouco, não sobrará nem a telha. Vai ficar só a base”, disse um funcionário.
Outro fornecedor disse que o local, à noite, também tem servido de dormitório para moradores de rua e como ponto de venda de drogas para traficantes e usuários.
Mesmo sem ter posto nenhum tipo de segurança nas estações, o secretário de Obras considerou o ato de recolher os materiais como “furto” por parte das empresas, e disse que tem prestado queixa na polícia contra isso. “Eles estão cometendo um crime e devem ser processados. Não me interessa se a construtora deu calote no fornecedor, eles que se resolvam na Justiça”, comentou.
Construção de estação no bairro da Z. Oeste não foi concluída e há denúncias de roubo do material abandonado e vai custar R$ 2 milhões a mais para fazer a obra
Segundo o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, a empresa que entrará no canteiro abandonado na semana que vem terá que entregar as estações, além de alargar uma pista, até dezembro. A Mascarenhas Barbosa Roscoe terá R$ 21 milhões, R$ 2 milhões a mais do que seria repassado à Sanerio, pelo orçamento de 2011, para concluir a obra.
Ela foi escolhida emergencialmente porque a segunda colocada na licitação de 2011, a Andrade Gutierrez, que deveria assumir a função, recusou o serviço “por compromissos com outras obras”. A terceira, Delta, não pode assumir contratos com a administração pública por ser considerada inidônea pela Controladoria-Geral da União (CGU).
O tema da mobilidade urbana nunca teve tanta visibilidade como agora. O despejo incessante de veículos nas ruas e a deterioração do transporte de massa nas últimas décadas formaram uma combinação explosiva para quem vive nas grandes metrópoles. A “hora do rush” no Rio de Janeiro virou coisa do passado. Com uma frota de 2,4 milhões de carros, a cidade passou a enfrentar congestionamentos constantes durante todo horário, em inúmeros bairros, além do aumento da emissão de gases poluentes e causar um maior dano socio-ambiental na população..
As vias públicas continuarão apinhadas de carros e ônibus nas próximas décadas se não houver investimentos duradouros em transporte de massa, como trens e metrô, no caminho dos trilhos.
Frequentes isenções fiscais para a indústria automobilística deram impulso à venda de carros, mas se a medida, como afirma o governo, resguardou empregos numa época de turbulência econômica global, agora é preciso indagar se tem valido a pena arcar com os altos custos sociais e ambientais dessa política. E, com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o Brasil terá que correr contra o tempo para, pelo menos, atenuar o problema de transporte nas grandes cidades. Com tamanha corrupção e orçamentos com vistas ao superfaturamento das obras, é possível não se concretizar as construções.
No Rio, uma das apostas é o corredor expresso para ônibus articulados. Com o intuito de aprimorar a operação dos BRTs, o CREA-RJ fez uma inspeção técnica na TransOeste e entregou ao prefeito Eduardo Paes várias sugestões para a melhoria do sistema. No entanto, as vias públicas continuarão apinhadas de carros e ônibus nas próximas décadas se não houver investimentos duradouros em transporte de massa, como trens e metrô. Esse conceito mesmo aprovado pelo CREA-RJ, já esperava-se ser um sistema superado sem atender a demanda, pelos especialistas.
Para ajudar a mudar tal quadro, temos a Lei da Mobilidade Urbana, em vigor há um ano, que prioriza o transporte de massa, a construção de ciclovias e prevê restrições para a circulação de veículos em determinados horários. Mas será necessário o engajamento de amplos setores para que essa nova concepção de mobilidade urbana se traduza, de fato, em políticas públicas eficientes, integradas e sustentáveis, com novas visões de mobilidade urbana.
ÔNIBUS DO RIO DE JANEIRO - Uma visão da crise da mobilidade urbana.
SISTEMA RODOVIÁRIO COLETIVO 
RIO ÔNIBUS / FETRANSPOR / CONSÓRCIOS
RIO ÔNIBUS (Empresa de Ônibus do Rio de Janeiro): É o Sindicato que representa as 41 empresas de ônibus concessionárias, junto com o poder público é responsável pela reforma, manutenção e administração dos Terminais.
FETRANSPOR: Sindicato englobando as Empresas de Ônibus Concessionárias, responsáveis pela frota de ônibus e seu funcionamento com mão de obra e manuntenção dos veículos.
APLICAÇÃO: No transporte coletivo do Estado, aluguel para Escolas e Instituições públicas.
QUANTIDADE DE EMPRESAS DE ÔNIBUS:  41
QUANTIDADE DE ÔNIBUS NO ESTADO:  16.820 veículos.
QUANTIDADE DE PASSAGEIROS DIÁRIOS: 300 mil de usuários
PREÇO DA PASSAGEM URBANA: R$ 2,95 (único)
ENERGIA UTILIZADA: Óleo Diesel. (Alguns caso energias experimentais: biodiesel, etanol,etc.)
PROBLEMA SÓCIO AMBIENTAL: Emissor de poluentes como CO2  (monóxido de carbono), poluição sonora. Mão de obra desqualificada e explorada nos casos de veículos com motorista/cobrador.
PROBLEMA CULTURAL: Ônibus deveria conectar passageiros de casa aos modais de transporte de massa como metrôs e trens. O transporte público deveria ser promovido integralmente pela Prefeitura ou delegado a diversos operadores. A Prefeitura deveria fazer gestão e o planejamento de mobilidade urbana em benefício do usuário por um preço justo, não deixando a critério dos empresários. A Prefeitura no entanto, considera o transporte público como negócio. O que não acontece em países com cultura desenvolvida. Serviço público não pode funcionar na base do lucro. No Brasil, os empresários estão se beneficiando de um poder executivo leniente, permitindo uma interrelação promíscua e corrupta entre empresários e maioria dos parlamentares do município, na troca de favores, com assentimento imoral do Prefeito. Investimentos em estradas rodoviárias, construindo grandes pistas de automóveis e ônibus comos os BRTs, comprando semáforos portáteis e inteligentes para fazer fruir melhor o transito, construindo viadutos e vias elevadas, tuneis, a Prefeitura contribue para uma cidade para coletivos e não para pedestres, onde o caminho para o transporte de massa está nos trilhos; metrô, trem, VLT ou mesmo o MagLev com tecnologia de levitação magnética, sendo implantado em linha experimental no campus da UFRJ, que tem um custo 1/3 menor do que o do metrô. Prefeitura e Empresas, prestam um serviço deficiente, tanto a usuários pagantes, quanto aos subsidiados pelo órgão público, como estudantes, deficientes e idosos, não respeitando a solicitação de paradas para embarques nos pontos próprios. A parceria que propagam para o desenvolvimento social, cultural e ambiental é apenas um discurso enganoso, para encobrir um negócio de monopólio altamente lucrativo e corrupto. 
SOLUÇÕES PROVÁVEIS: 
1. ESTUDANTES: Toda linha de ônibus ter pelo menos dois ônibus pintados com faixas nas cores padrão de veículo escolar, e que nos horários de entrada e saídas das aulas, fiquem a disposição dos estudandes. Fora desse horário serviria a população em geral inclusive aos estudantes. 
2. COBRADORES: Não permitir que veículo de grande proporções em tamanho e numero de passageiros, tenha seus condutores com dupla função de motorista/cobrador. 
3. MOTORISTAS: Os microônibus, só terem com essa função, em caso de utilização de passagens com cartão, não sendo permitido o uso de pagamento em dinheiro. 
4. BICICLETAS: Adaptar veículos grandes, na sua frente externa, com bagageiros para o transporte de bicicletas. 
ÔNIBUS
BRS:  SISTEMA RÁPIDO DE ÔNIBUS (CURTA DISTÂNCIA)
DIVISÃO EM REGIÕES:  04
1. Intersul:   12 Empresas
2. Transcarioca: 18 Empresas
3. Internorte: 21 Empresas
4. Santa Cruz: 8 Empresas
BRTs: TRANSPORTE RÁPIDO DE ÔNIBUS. (LONGA DISTÂNCIA) 
1. TransOeste
2. TransCarioca
3. TransBrasil
4. TransOlímpica
5. TransLight
NUMERO DE CORREDORES: 5
CUSTO DE IMPLANTAÇÃO:  R$ 15 milhões. (10% do custo do metrô)  
TIPO DE VEÍCULO: ÔNIBUS BIARTICULADOS EM CORREDORES PRÓPRIOS.
OPERAÇÃO: Já foi um sistema eficiente quando implantado em Curitiba-PR pelo prefeito Jaime Lerner, arquiteto, não só para transporte de pessoas mas com vista também para o crescimento urbano disperso daquela cidade (que não é o caso do Rio de Janeiro, já densamente povoado), e que ganhou notoriedade sendo copiado no mundo todo, como um projeto inovador. Hoje é um modelo defasado com sinais de esgotamento, por seu alto custo operacional, pelo espaço que ocupa nas vías por seus corredores exclusivos, manutenção de infraestrutura viária (poder público) e veicular (reciclado pelas empresas), ocorrências de muitos desastres (Colômbia, totalizam 1 mil acidentes provocados pelos BRTs), e no Rio já registra 2 casos de atropelamento sabidos e outros incidentes menos graves, como passageira presa entre portas do veículo). Como qualquer transporte rodoviário apresenta suas limitações, o BRT até 20 mil pessoas comporta a demanda, aguenta com muito esforço uns 30 mil, mas acima disso sua capacidade se esgota tornando-se ineficiente, obrigando a uma troca por outra tecnologia. No Rio, o sistema já nasceu saturado. Foi implantado em lugar onde a demanda já era outra tecnologia, como o VLT e um MagLev-Cobra. Em Curitiba, a cidade já está trocando o asfalto pelos trilhos de ferro. O que não ocorre com o modal sobre trilhos, porque suporta 10 vezes mais a demanda de passageiros, que o rodoviário, com maior rapidez e com um custo em média 80% mais baixo, em energia e suprimentos de infraestrutura veiculares.
Descasos: Com abandono e desperdício na rota do BRT Transoeste, obras de 15 estações inacabadas são deixadas de lado e têm até material furtado
Em vez de passageiros, marcas de tiro, lixo, restos de drogas, pichações e material de obras largados. Este é o cenário de estações do BRT Transoeste de Campo Grande a Santa Cruz, que deveriam ter sido inauguradas no início deste ano, mas estão em total abandono. A empresa Sanerio, responsável por fazer as obras, orçadas em R$ 84 milhões, teve o contrato cancelado pela prefeitura por não ter entregue 15 das 30 estações que o trecho prevê. Ela deixou um rastro de materiais espalhados pela via. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, a construtora Mascarenhas Barbosa Roscoe foi contratada em caráter emergencial — sem licitação — para retomar os trabalho.
Enquanto isso, impera o descaso com o que já foi construído com o dinheiro público empenhado nas estações-fantasma da Avenida Cesário de Melo. Além das pichações, lixo e marcas de tiros no interior das estruturas — na primeira visita ao local pela reportagem, traficantes circulavam armados pelo local e, na quarta-feira, um funcionário rodoviário urinava em uma estação —, materiais caros abandonados, já pagos, estão sendo furtados.
Segundo moradores de Campo Grande, tiros danificaram vidraças em estações na Avenida Cesário de Melo, mas não houve substituição. 
Segundo a fornecedora de portas elétricas das estações, 25 correias que custam R$ 70 cada, 25 baterias, de R$ 400 e três placas controladoras, de R$ 2 mil, já foram roubadas. A empresa, assim como a que forneceu a iluminação, retirou todo o equipamento instalado, por temer novos saques e por não ter recebido o pagamento pela Sanerio. “Estamos retirando todo o material que já tínhamos posto nas estações, porque, assim, o prejuízo do calote será menor. Além disso, estão roubando tudo. Daqui a pouco, não sobrará nem a telha. Vai ficar só a base”, disse um funcionário.
Outro fornecedor disse que o local, à noite, também tem servido de dormitório para moradores de rua e como ponto de venda de drogas para traficantes e usuários.
Mesmo sem ter posto nenhum tipo de segurança nas estações, o secretário de Obras considerou o ato de recolher os materiais como “furto” por parte das empresas, e disse que tem prestado queixa na polícia contra isso. “Eles estão cometendo um crime e devem ser processados. Não me interessa se a construtora deu calote no fornecedor, eles que se resolvam na Justiça”, comentou.
Construção de estação no bairro da Z. Oeste não foi concluída e há denúncias de roubo do material abandonado e vai custar  R$ 2 milhões a mais para fazer a obra 
Segundo o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, a empresa que entrará no canteiro abandonado na semana que vem terá que entregar as estações, além de alargar uma pista, até dezembro. A Mascarenhas Barbosa Roscoe terá R$ 21 milhões, R$ 2 milhões a mais do que seria repassado à Sanerio, pelo orçamento de 2011, para concluir a obra.
Ela foi escolhida emergencialmente porque a segunda colocada na licitação de 2011, a Andrade Gutierrez, que deveria assumir a função, recusou o serviço “por compromissos com outras obras”. A terceira, Delta, não pode assumir contratos com a administração pública por ser considerada inidônea pela Controladoria-Geral da União (CGU).
O tema da mobilidade urbana nunca teve tanta visibilidade como agora. O despejo incessante de veículos nas ruas e a deterioração do transporte de massa nas últimas décadas formaram uma combinação explosiva para quem vive nas grandes metrópoles. A “hora do rush” no Rio de Janeiro virou coisa do passado. Com uma frota de 2,4 milhões de carros, a cidade passou a enfrentar congestionamentos constantes durante todo horário, em inúmeros bairros, além do aumento da emissão de gases poluentes e causar um maior dano socio-ambiental na população..
As vias públicas continuarão apinhadas de carros e ônibus nas próximas décadas se não houver investimentos duradouros em transporte de massa, como trens e metrô, no caminho dos trilhos.
Frequentes isenções fiscais para a indústria automobilística deram impulso à venda de carros, mas se a medida, como afirma o governo, resguardou empregos numa época de turbulência econômica global, agora é preciso indagar se tem valido a pena arcar com os altos custos sociais e ambientais dessa política. E, com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o Brasil terá que correr contra o tempo para, pelo menos, atenuar o problema de transporte nas grandes cidades. Com tamanha corrupção e orçamentos com vistas ao superfaturamento das obras, é possível não se concretizar as construções.
No Rio, uma das apostas é o corredor expresso para ônibus articulados. Com o intuito de aprimorar a operação dos BRTs, o CREA-RJ fez uma inspeção técnica na TransOeste e entregou ao prefeito Eduardo Paes várias sugestões para a melhoria do sistema. No entanto, as vias públicas continuarão apinhadas de carros e ônibus nas próximas décadas se não houver investimentos duradouros em transporte de massa, como trens e metrô. Esse conceito mesmo aprovado pelo CREA-RJ, já esperava-se ser um sistema superado sem atender a demanda, pelos especialistas.
Para ajudar a mudar tal quadro, temos a Lei da Mobilidade Urbana, em vigor há um ano, que prioriza o transporte de massa, a construção de ciclovias e prevê restrições para a circulação de veículos em determinados horários. Mas será necessário o engajamento de amplos setores para que essa nova concepção de mobilidade urbana se traduza, de fato, em políticas públicas eficientes, integradas e sustentáveis, com novas visões de mobilidade urbana.

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